quarta-feira, 21 de setembro de 2011

As caixas que contam histórias

No 2º semestre de 2010 foram elencadas pelo grupo várias temáticas para discussão, dentre elas foi estudado a conexão da matemática com a literatura infantil na Educação Infantil.
As professoras escolheram trabalhar inicialmente com a literatura infantil em conexão com a matemática (SMOLE, ROCHA, CÂNDIDO, STANCANELLI, 2001). Dessa forma, reunimos livros de literatura infantil da biblioteca pessoal de professoras da UFSCar, livros da pesquisadora, das professoras participantes do grupo e da própria CEMEI, para conhecermos o acervo disponível; fizemos empréstimos entre nós, no grupo; e os livros que circularam entre as professoras foram utilizados com as crianças durante o semestre.
Alguns deles chamaram tanto a atenção das professoras que, em alguns encontros, ocorreu a “hora do conto”: uma professora contava uma história e discutia com o grupo as possibilidades de trabalho com a matemática com as crianças. Houve a discussão de estratégias metodológicas e relatos e reflexão a respeito das atividades desenvolvidas.
Além da leitura e da discussão dos textos sobre a literatura infantil em conexão com a matemática, o grupo assistiu ao vídeo intitulado Os contos que as caixas contam, do Programa “No canto da tela”, produzido no Centro de Investigação sobre Desenvolvimento Humano e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/SP, ao qual se vincula a creche “Carochinha”, da USP de Ribeirão Preto. As professoras analisaram o vídeo.
O grupo produziu, inspirado pelo vídeo, caixas que contam histórias: cada professora escolheu uma história que envolvesse a matemática e produziu personagens e cenários para contar às crianças; algumas professoras fizeram uma história de sua autoria, esbanjando criatividade e atenção à matemática.
Cada uma apresentou sua caixa para o grupo, discutiram possibilidades de trabalho nas diferentes faixas etárias (1 a 5 anos) e trocaram suas caixas entre si, além de decidirem fazer um espaço coletivo na escola para o uso das caixas. Dessa forma, professores da escola que não participaram do grupo também trabalharam com as caixas. Vejam exemplos das caixas confeccionadas pelas professoras do grupo.

                Caixa que conta história a partir da história “Luva Lulu”. 

 
   Caixa que conta história a partir da história “A borboleta e a tartaruga”. 

 
Caixa que conta história a partir da história “Farra no formigueiro”

 
              Caixa que conta história a partir da história “Cachinhos de Ouro e os três ursos”.
 

  Caixa que conta história a partir da história "A margarida Friorenta"


Caixa que conta história a partir da história "Bom dia todas as cores"


                Caixa que conta história a partir da história "O lobo e os sete cabritinhos

A partir da história A centopéia e seus sapatinhos, de acordo com o texto de Lopes e Souza (2010), as participantes do grupo trabalharam o número do sapato delas mesmas, explorando assim o uso do número para representar medida. Elaboraram também um gráfico de barras com a quantidade de pessoas que calçavam determinado número, com isso exploraram noções de estatística na Educação Infantil.
                               
                             
             Caixa que conta história a partir da história “A centopéia e seus sapatinhos”


Referências:

ALMEIDA, Fernanda Lopes de. A Margarida Friorenta. São Paulo: Ática, 2007.

CAMARGO, Milton. As centopéias e seus sapatinhos. 12 ed. São Paulo: Ática, 1990.

GRIMM, Jakob; GRIMM, Wilhem. O lobo e os sete cabritinhos. 2 ed. São Paulo: Paulus, 1997.

IACOCCA, LILIANA. Farra no formigueiro.  São Paulo: Ática, 1997.

LOPES, Celi E.; SOUZA, Antonio Carlos de. A relação entre diferentes contextos para a abordagem de temas matemáticos na Educação Infantil. ANAIS... do XV ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. UFMG, 2010.

LUVA LULU. 3 ed. São Paulo: Árvore da Vida, 1993.

ROCHA, Ruth. Bom dia todas as cores.São Paulo: Quinteto, 1998.

SMOLE, Kátia C. S.; ROCHA, Glauce H. R.; CÂNDIDO, Patrícia T.;STANCANELLI. Era uma vez na matemática: uma conexão com a literatura infantil. 4. ed. São Paulo: IME-USP, 2001.

13 comentários:

  1. As caixas que contam histórias são um deslumbramento para as crianças. Ao utilizá-las no ensino da matemática contextualizamos conceitos de forma simples e atraente proporcionando uma aprendizagem significativa.
    O fato da história estar na caixa e possibilitar a manipulação das personagens e objetos aproxima as crianças da história e lhes dá a oportunidade de recontá-la, recriá-la, experimentar outras possibilidades.
    Usei com a minha turma a Caixa que conta história da "A centopéia e seus sapatinhos”, eles amaram!!!
    Marta

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  2. As caixas que contam histórias chamam a atenção das crianças para um jeito novo de ouvir e interagir com a história e os personagens.É um recurso muito rico para ser utilizado com as crianças. Usei com minha turma a caixa que conta a história "Os músicos de Bremem" e as crianças adoraram!

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  3. Amei as caixas! Quando trabalho histórias com a minha turminha sempre procuro levar, além do livro, avental, fantoches e personagens construídos com sucatas. Percebo como elas se mantém atentas e interessadas pela história. As caixas ficaram excelentes, as crianças devem ter gostado bastante.
    Cátia martins

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  4. As caixas que contam histórias realmente foram de uma criatividade ímpar, amei usá-las na Educação Infantil e os pequenos ficaram tão encantados que pediram para deixá-los contar a história no meu lugar.

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  5. As caixas que contam histórias são excelentes, torna a aprendizagem de nossos alunos muito mais prazerosa. As crianças ouvem as histórias muito mais interessadas e concentradas e sempre querem ouvir novamente.
    Adorei este recurso e não canso de usá-las.

    Patricia

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  6. A troca de experiencia com o grupo abre novos caminhos para trabalhar a matematica de forma ludica com os educandos.
    Estou gostando muito do curso.

    Por exemplo: Quando criança sempre gostei de brincar de amarelinha e hoje continuo brincando com meus alunos.
    Lendo o texto me certifiquei do quanto a brincadeira é importante para o raciocinio lógico matematico delas.

    O jogo de boliche tambem faz parte das atividades livres e além de divertido é muito apreciado pelos educandos.

    Confeccionei minha caixa que conta estorias utilizando o livro: "O pássaro que não tinha cor".
    Durante a leitura do livro o passaro vai ganhando as cores a cada boa ação praticada, e as crianças interagem mostrando o fantoche do passaro na respectiva cor.
    As crianças desenvolvem noção de cor, sequência e quantidade. Além de principios de ética social e solidariedade.

    No jogo da tampinha de pet numerada as crianças desenvolvem a memória, o raciocinio e a socialização com outras crianças


    Izildinha.

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  7. Achei as caixas muito lindas...
    Obrigada por todas essas inspiracões !
    Bjos
    Andrea

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  8. Boa noite!!
    As caixas além de lindas nos encanta e encanta muito as crianças. Tive a oportunidade de utilizar a caixa de história da centopéia e seus sapatinhos, na fase 2 os bebês ficaram maravilhados com os personagens e pareciam hipnotizados enquanto eu contava a história. É muito bom ter a oportunidade de conhecer e ter novas idéias para melhorar cada vez mais nosso trabalho...
    Roberta

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  9. Boa noite gente!
    Eu usei a caixa de história da Centopéia e seus sapatinhos. Meu alunos amaram, prestaram muita atenção à história. Depois deixei que eles pudessem ver os personagens e pedi para que 3 crianças por vez fossem a frente para recontar. Eles se divertiram muito.
    Gabi

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  10. Como professora de educação infantil dou muita importância para a leitura de histórias e outros tipos de textos, pois isso estimula muito a aprendizagem ,além da imaginação e da criatividade. é muito bom saber que além de tudo as crianças também aprendem matemática com a leitura de livros com histórias infantis. Gosto cada vez mais desse grupo de estudo e do blog(onde posso ler as atividades desenvolvidas pelas professoras durante o tempo em que eu não fazia parte do grupo). Beijo Elisabeth

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  11. Adorei as caixas, tive a oportunidade de fazer um curso de Histórias e aprendemos a fazer "O conto que a caixa conta", em caixas de leite e fantoches com palitos de sorvete, fica muito legal porque a caixinha se torna cenário e você pode movimentá-la e carregá-la pela sala enquanto conta a história por se menor. Utilizar esses recursos por mais simples que pareça para as crianças são tudo novidades e elas adoram...

    Carla

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  12. É UM TRABALHO QUE SEMPRE ADMIREI E SEI QUE PRENDE MUITO A ATENÇAO DAS CRIANÇAS MAS NUNCA CONFECCIONEI NENHUMA CAIXA OU AVENTAL DE HISTORIAS, NA VERDADE DEVO ME APRIMORAR UM POUCO MAIS EM CONTAÇÃO DE HISTORIAS, É QUE GOSTO MUITO DE MUSICA E ACABO POR ME PRENDER EM CANTAR E DANÇAR E FICO DEVENDO NA PARTE DOS CONTOS, VOU ME POLICIAR MAIS E FAZER DE TAL RECURSO TAMBÉM. PARABÉNS POR ESSAS LINDAS CAIXAS!

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  13. Ola, adorei as caixas de histórias. Muito bem elaboradas, criativas e bem coloridas pra chamar a atenção das crianças. Como minha área é a matemática, fiquei imaginando em inventar histórias que envolvesse a matemática, envolvesse os números e os princípios de contagem, dessa forma as crianças se divertiriam e aprenderiam conceitos matemáticos de forma mais atraente. Parabéns pela criatividade...
    Beijos.
    Daiani

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