Jogo de boliche
No primeiro semestre de 2010, o grupo escolheu estudar os jogos e as brincadeiras, por reconhecer que o brincar é a principal atividade da criança nessa faixa etária. O grupo confeccionou o jogo do boliche, com garrafas pet. Todas as professoras trabalharam o jogo com as crianças em suas turmas e elaboraram um relato de experiência, baseado nos textos de Costa (2008), intitulado “Oba, hoje é dia de boliche”, e de Moura (1996), intitulado “Jogo de boliche”.
O trabalho com o jogo de boliche com as crianças envolveu inicialmente a exploração livre de 10 garrafas pet e da bolinha de meia, algumas professoras de crianças de 3 a 4 anos, decidiram trabalhar com somente 6 garrafas, diferente do jogo convencional. As crianças brincaram com os objetos do jogo, se encantaram com a água colorida de dentro da garrafa, descobriram que de uma meia com um pedaço de jornal dentro, dá para fazer uma bolinha.
Uma das professoras perguntou às crianças qual é a melhor forma de organizar as garrafas para jogar, então as crianças experimentaram várias organizações, uma garrafa ao lado da outra, depois colocaram as garrafas juntinhas formando com círculo, mas não chegaram na organização convencional das garrafas, como os pinos que devem ser organizados num jogo oficial de boliche. As crianças descobriram que as garrafas não podem ficar muito perto da parede, senão não dá para derrubar, teve turma que fez uma pista para jogar boliche na sala de aula, deitaram duas mesinhas, uma de cada lado para cercar o jogo, isso facilitou com que a bolinha não fosse tão longe quando um jogador arremessasse.
A professora conversou também com as crianças sobre as regras do jogo, era necessária uma linha para o arremesso que fizeram com uma fita crepe, uma fila com uma ordem das crianças, para todos terem a mesma quantidade de jogadas. Depois de terem feito vários arremessos, a professora perguntou às crianças se elas sabiam quem tinha derrubado mais garrafas. Algumas crianças começaram a falar quantas haviam derrubado, mas sem muita certeza, pois isso não estava escrito em nenhum lugar, então a professora colou um papel pardo na parede e pediu para as crianças registrarem os pontos obtidos em cada rodada, usando uma tabela na qual constava o nome de cada criança, três colunas para anotar os pinos derrubados em três jogadas e uma coluna para o total de pontos. Além disso, as crianças puderam registrar também os pontos com desenhos ou com numerais, e depois de jogarem e registrarem 3 dias consecutivos, algumas das professoras fez com as crianças um gráfico de barras a partir da soma dos pontos das três jogadas, com isso as crianças puderam perceber mais facilmente quem tinha obtido mais e menos pontos no jogo. Observa-se a ausência de algumas barras, pois quando essa tarefa foi realizada alguns alunos não estiveram presente.
Tabela e gráfico do jogo de boliche confeccionado por crianças de 4 a 5 anos.
As crianças representaram também o jogo em forma de desenho, a partir dele as crianças puderam registrar o que foi mais significativo para elas e tomaram consciência de suas percepções. Veja o desenho de uma criança de 5 anos.
Desenho do jogo de boliche.* A escrita das palavras “pinos” e “pontos” é da professora.
A partir do jogo foi possível trabalhar contagem, comparação de quantidades, idéias da adição e subtração, noção espacial e registro pictórico e numérico. Além disso, para nortear a contagem de pontos do boliche, foram discutidos no grupo textos sobre o brincar, sobre os conteúdos número e sistema de numeração e também sobre a noção do zero, toda vez que não derrubavam garrafas.
Esse é um pequeno relato do jogo de boliche.
Professoras e professores, postem seus comentários sobre esse texto.
Abraços,
Priscila.
Olá a tod@s... Foi muito interessante trabalhar com o boliche (algo que já usávamos vez ou outra) de forma a observar como as crianças interagem entre si e com o jogo propriamente dito, atentando para como elas se apropriam da contagem e da noção de quantidade, bem como as estratégias de registro que utilizam.
ResponderExcluirOs textos que utilizamos foram bastante enriquecedores. Que tal colocarmos as referências????
Olá pessoal! Comecei a participar este semestre do GEOOM, mas o jogo do boliche é quase que uma constante na edcuação infantil.Lembro que em em 2005, com uma turma de 5 anos, confeccionamos o jogo e as crianças sugeriram de ter cada um sua folha para anotar os resultados. Fiz uma "tabelinha" para cada criança e sempre que jogavam, anotavam seus resultados. A soma total no prazo de uma seman foi feita com tampinhas...percebi o envolvimento e a vontade das crianças em verificar a soma total para ver quem ganhou... No ano passado, trabalhando com o lúdico na educação ambiental, na fase 6, fizemos um boliche chamado "DERRUBE ESSA IDEIA", em grupinhos as crianças fizeram desenhos ilustrando frases como por exemplo "deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes...DERRUBE ESSA IDEIA." Foram dez garrafas ilustradas e para cada desenho/frase as crianças atribuíram pontos de maior e menor valor.Foi interessante verificar que além de voltarem a atenção para as questões de contagem, as crianças corriam para ver qual "ideia" tinham derrubado, então, acredito ter sido uma forma diferente de trabalhar com o boliche.
ResponderExcluirGostei da idéia do jogo de boliche,penso em adapta-la para a faixa etária com a qual trabalho mas independentemente da idade o jogo traz grandes resultados.
ResponderExcluirOlá professoras Sandra, Sandra Rizzo e Bruna,
ResponderExcluirOs comentários de vocês são muito pertinentes.
Obrigada pela participação.
Grande abraço
Priscila.
Eu não participava do grupo quando foi feito o trabalho com o jogo de boliche , achei muito interessante a forma como foi desenvolvido pelas professoras e registrado pelas crianças. A leitura do texto (ou do relato da atividade) me ajudou a ter ideia de como trabalhar com os meus alunos.
ResponderExcluirAdorei a idéia do jogo e estou adorando poder participar desses encontros, já que sou professora nova na educação infantil. Todas as ideias aqui discutidas são de muito valor para mim.
ResponderExcluirGabriela
Olá pessoal, também estou chegando agora no grupo e estou adorando nossos encontros... os textos,idéias e conteúdos discutidos, além de serem interessantes na nossa rotina, nos auxilia a desenvolver novas linhas de trabalho.
ResponderExcluirEm relação ao jogo de boliche, acredito ser um ótimo estímulo na sala de aula. No ano passado, fiz um para a fase 3 em que eu trabalhava, e mesmo sem estipular valores, foi importante mostrar às crianças as regras existentes, como por exemplo, saber que as garrafas "pinos" deveriam ser derrubados com a bolinha e não com as mãos. E também mostrar que a função do jogo era derrubar todos os pinos. Acredito que foi muito válido fazer este trabalho com os pequenos...
bjus Carla
Oi pessoal, a idéia do boliche é muito usada nas aulas de educação física, e as crianças adoram! O que estou trabalhando neste momento, são as noções de medida, como a bocha colorida ( com a bola ou com a tampinha ) e eles gostaram muito!
ResponderExcluirBjos
Andrea
Olá pessoal, o boliche é um ótimo jogo na ed. infantil,pois enriquece a aprendizagem das crianças de forma prazerosa.No ano passado estava com uma fase III e trabalhei com o boliche dos animais,confeccionado com garrafas de leite(O jogo foi adaptado para as crianças e foi um sucesso!). Abraços!! SOLANGE.
ResponderExcluirOlá, no começo deste ano trabalhei com o boliche com a minha turma (fase 5). Foi muito bom, muitas crianças ainda não sabiam contar. No jogo a contagem tinha sentido para elas, então elas quiseram e aprenderam contar!!
ResponderExcluirBeijinhos
Marta
Sempre gostei de jogar boliche com meus alunos da Educação Infantil, porém antes deste curso brincava pelo prazer de brincar e utilizava como objetivo para o jogo apenas a contagem de quantas garrafas haviam derrubado. Agora porém, já registrei com as crianças o jogo através de desenhos, a contagem das garrafas derrubadas por cada um, através de bolinhas que eles mesmos fizeram num quadro feito por mim, um gráfico comparativo para analisar quem derrubou mais, menos igual, etc. Enfim passei a enxergar outras opções de trabalho com as crianças. Está sendo muito enriquecedor participar deste curso.
ResponderExcluirSonia